Por: JCS
Conforme comunicado do primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, estão oficializadas novas medidas governamentais para contenção da nova onda da pandemia do coronavírus, que atualmente já infectou cerca de 800 mil pessoas e causou aproximadamente 40.000 óbitos.
As ações devem ser aplicadas em todo o território italiano, como o toque de recolher entre as 22h e 5h, fechamento de shoppings centers em finais de semanas e feriados. O decreto também divide o país em três áreas de risco: vermelha (criticidade alta), laranja (médio-alta), amarela (moderada).
As 20 regiões que compõem o país devem ser distribuídas entre estas três zonas criadas pelo Ministério da Saúde, conforme os índices de transmissão da covid-19 e quantidades de internações, leitos ocupados em UTI e a porcentagem de casos positivos detectados em novos exames.
Com cenário mais preocupante, vem a área vermelha, que inclui a Lombardia, região mais populosa da Itália, Piemonte, Vale de Aosta e da Calábria.
Zonas vermelhas, terão regras semelhantes às do lockdown que durou entre março e maio: sendo proibido sair de casa a não ser por motivos comprovados de trabalho, necessidade ou saúde, proibição de deslocamentos intermunicipais e inter-regionais e o fechamento de restaurantes, a única exceção são os serviços de comida Delivery e retirada no próprio restaurante.
Comércio será fechado, ficando aberto apenas negócios alimentares e itens de primeira necessidade, atividades esportivas ficam suspensas.
Assim, 25% dos 60 milhões de habitantes da Itália voltaram a vivenciar o lockdown a partir da próxima sexta-feira (6), data em que o decreto entra em vigor, incluindo cidades como Milão e Turim.
“Se introduzíssemos medidas únicas em toda a Itália, produziríamos um duplo efeito negativo: não adotar medidas verdadeiramente eficazes onde há maior risco e impor iniciativas irracionalmente restritivas onde a situação é menos grave”, afirmou Conte em entrevista.
As zonas amarelas e laranja – A maior parte do território italiano foi incluso na zona amarela, com regras de âmbito nacional, com toque de recolher noturno, fechamento de museus, aulas completamente à distância nas escolas de ensino médio.
As regiões com estes cuidados são: Abruzzo, Basilicata, Campânia, Emilia-Romagna, Friuli Veneza Giulia, Lazio (local em que fica a capital Roma), Ligúria, Marcas, Molise, Sardenha, Toscana, Trentino-Alto Ádige, úmbria e Vêneto.
Puglia e Sicília estão na “zona laranja”, onde há proibição de deslocamentos intermunicipais e inter-regionais, exceção apenas para casos de trabalho ou saúde. Nessas áreas, não haverá proibição de sair de casa sem motivo, mas também os bares e restaurantes devem suspender os serviços de mesa.
Uma região só pode ser considerada “zona amarela”, quando apresenta estabilidade nos dados da pandemia por 14 dias.
“Perguntaram-me se sou otimista, mas não estou pensando em ceias de Natal, bailes, festas. É preciso respeitar as regras”, disse o premiê.
O decreto ficará em vigor até 3 de dezembro, a prorrogação das medidas depende da evolução da curva epidemiológica. A situação é preocupante, afinal, a Itália está registrando recordes seguidos de casos diários de infecções da covid-19, e aumento considerável no número de óbitos por dia, nesta quarta-feira foram 352, voltando ao patamar de abril.
Esta “segunda onda de infecção do coronavírus” está sacudindo a Europa devido a uma mutação genética do vírus, e, pelas temperaturas baixas do inverno que facilitam a proliferação do vírus. Todo cuidado é pouco, afinal, não existe ainda um imunizante oficial eficaz.
Com informações: Portal UOL
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