Por: JCS
Ou seja: ela está classificada entre os 10 finalistas da premiação, que é considerada como o “Nobel da Educação” – este concurso é promovido pela Varkey Foundation juntamente com a Unesco e tem como objetivo homenagear educadores de vários países que criam novos projetos e têm ideias inovadoras.
Para se ter uma ideia da concorrência, a professora Doani concorreu com 12 mil inscritos, de cerca de 140 países. Ela é uma professora bilíngue de português e libras na Escola Municipal Júlio Mesquita Filho, Campinas, São Paulo.
Assim ela conseguiu ficar entre os 10 finalistas. O anúncio de nove, dos dez finalistas, foi realizado nesta quarta-feira (4). O vencedor do Global Teacher Prize 2020 deve ser comunicado no dia 3 de dezembro e ganhará US$ 1 milhão de bonificação, quantia que em nossa moeda gira em torno de R$ 5.400.000,00
Última Vaga
A última vaga a ser divulgada entre os 10 finalistas provavelmente será comunicada na próxima semana e dois outros professores brasileiros concorrem a ela:
Francisco Celso Freitas, professor do sistema socioeducativo do Distrito Federal e Lília Melo, que leciona na periferia de Belém do Pará.
Prof. Doani Emanuela
A professora Doane ficou imensamente feliz quando soube que estava classificada entre os 10 primeiros colocados ao prêmio.
“Essa classificação faz todos olharem para a educação de surdos e dizer sim, os surdos são capazes, e nós professoras também somos capazes, a educação pública é capaz. Temos problemas, mas também temos muitas coisas boas. Estou super feliz e emocionada”, revelou na entrevista cedida ao Acidade ON Campinas.
Ela conseguiu destaque por conta de seu projeto Sala8, canal que ela tem no Youtube em que divulga várias videoaulas em libras e língua portuguesa das disciplinas de matemática, português, geografia e ciências.
Todos os conteúdos das aulas são ministrados pela própria Doani, o objetivo é que os alunos surdos tenham acesso à educação básica.
“Acredito que a visibilidade do Sala8 poderá contribuir com os surdos, seus familiares e professores que atuam diretamente com este público. Sabemos do tamanho do nosso país, de suas preciosidades, mas também reconhecemos os seus problemas. O canal é uma forma da linguagem de Libras, língua legítima e natural ao surdo, chegar a cada cantinho desta terra”, disse com gratidão.
Esta é a segunda vez que ela fica entre os finalistas desta premiação.
Em 2017 ela foi uma das concorrentes com o projeto de aulas bilíngues, que promovia a interação entre público ouvinte e não ouvintes.
A professora disse que: caso eu ganhe este prêmio, utilizarei para expandir o canal do Youtube.
O projeto é ampliar os conteúdos, treinar e profissionalizar surdos em produção e edição de vídeos, tornar o canal uma ferramenta de inclusão e abrir portas para o mercado de trabalho.
Com informações: CidadeOn