Por: JCS
O Ministério da Saúde começou a desenvolver um plano nacional de vacinação contra a covid-19. Baseados nos avanços constantes do estudo clínico da potencial vacina da Universidade de Oxford, que está na fase III final dos testes em humanos – com pessoas em teste no Brasil-, crendo que a vacina “dará certo”, os gestores estão articulando juntamente com os responsáveis pela saúde dos Estados e Municípios uma “campanha nacional de vacina”.
Em entrevista concedida em Brasília, Eduardo Macario, diretor do Depto. De Análise em Saúde e Vigilância de Doenças, disse, na quarta-feira (29), que o SUS (Sistema Único de Saúde) está se organizando, tanto tecnologicamente quanto melhorando o sistema já existente, para fazerem uma ação conjunta entre todos os estados e municípios do país. “ Uma campanha que vai dar, sim, essa solução para o enfrentamento à covid-19. Principalmente, protegendo toda a população brasileira”.
No início de julho, o governo já havia divulgado um acordo de produção no Brasil da vacina desenvolvida pela universidade de Oxford juntamente com a farmacêutica AstraZeneca. Eles estão desenvolvendo a vacina que tem um alto potencial imunizante, e está na fase III final de testes clínicos, sendo considerada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) o “mais avançado” até agora.
“Nós estamos atentos às vacinas que estão em desenvolvimento no mundo. E pelo óbvio, parece que a vacina de Oxford, a chamada vacina de Oxford, se mostra uma das vacinas mais promissoras. Esse ministério, de maneira célere, entrou numa encomenda tecnológica para comprarmos o quantitativo extremamente importante da vacina”, afirmou Arnaldo Medeiros, que é o secretário de Vigilância em Saúde.
Foi firmado um acordo com a Universidade de Oxford que tem duas etapas: O primeiro pedido tem uma parte onde o Brasil assume também os riscos da pesquisa. Assim, o país pagará pela tecnologia mesmo não tendo ou sabendo dos resultados dos ensaios clínicos finais. Na segunda etapa, se a vacina se mostrar que é segura e eficaz, será ampliado o pedido de compra.
Na fase inicial, com riscos assumidos, estão previstas 30,4 milhões de doses do imunizante, que custarão U$ 127 milhões, já incluso os custos de transferência da tecnologia e todo o processo de produção da Fiocruz, orçado em U$ 30 milhões. Desta maneira, dois lotes de vacina serão destinados à Fiocruz, cada um de 15,2 milhões de doses, devem ser entregues nos meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Veja bem: Em um país que tem 210 milhões de habitantes, os dois lotes de vacinas somados, darão 30.4 milhões de vacina, o que representa 14,5 % da população, imagine se esta vacina realmente for eficaz, quem serão as pessoas que, de fato, serão vacinadas.
“Nós estamos falando de Brasil, de SUS, que nós temos capacidade e capilaridade já estabelecidas pelos inúmeros programas de vacinação que esse país já desenvolveu, apresentou e realizou. Hoje mesmo tivemos reuniões de planejamento em nossa secretaria para que, chegando a vacina, a gente possa distribuir aos lugares mais remotos dentro da estratégia de vacinação que está sendo montada no nosso país”, finalizou Arnaldo Medeiros, Secretário de Vigilância em Saúde.
Com informações: R7
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