Por: JCS
O que leva um ser humano a ver o outro ser espancado violentamente e não fazer nada para impedir o ato criminoso? Muitas pessoas têm se questionado sobre a forma que a fiscal do Carrefour testemunhou de perto a violência e apenas filmou as cenas e não tentou impedir o pior, assim, aos olhos da população ela de certa forma, participou da violência não impedindo.
A polícia Civil, na tarde da terça-feira (24), PRENDEU, a fiscal do Carrefour, Adriana Alves por envolvimento na morte de João Alberto Silveira de Freitas, que aconteceu na noite da quinta-feira (19), dentro da loja Carrefour, Porto Alegre, RS.
A justiça expediu um mandado de prisão, assim, ela foi ao Palácio da Polícia acompanhada de seu advogado. Conforme as imagens que foram largamente divulgadas nas redes sociais, a funcionária do Carrefour, que é fiscal, durante todo o processo de espancamento ameaçou uma testemunha que estava gravando o espancamento.
Em um dos vídeos, a fiscal estava de camisa branca, calça preta e crachá e pediu para a testemunha interromper a gravação. “Não faz isso, não faz isso senão vou te queimar na loja”, dizia.
O Carrefour comunicou em nota que ela foi afastada do cargo. “Está presa temporariamente pelo prazo de 30 dias para que possa esclarecer todas as circunstâncias”, afirmou Roberta Bertoldo, delegada responsável pelas investigações.
A delegada disse que a fiscal Adriana tinha plena autonomia sobre os seguranças, ela podia dar uma ordem e impedir as violentas agressões. “O Departamento de Homicídios entende, a partir das imagens que foram captadas e dos testemunhos colhidos, que Adriana tinha sim o poder, naquele momento, de cessar as agressões, a partir do fato de ser ali superior imediata dos indivíduos que exerciam a segurança”, disse a delegada.
Estão presos os dois seguranças, Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, que foram vistos espancando João Alberto até a morte, agora, Adriana também está presa. A justiça tinha dito que outras pessoas flagradas na cena do crime, também estavam sendo investigadas para apuração se houve omissão de socorro.
“Estamos tentando identificar a conduta de cada um deles para ver se houve conduta omissiva. Além disso, buscamos elucidar a motivação do crime e estabelecer uma dinâmica dos fatos”, disse a chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor.
Com informações: CNN
Crédito imagem: Youtube
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