Por: JCS
A raça humana alcançou em (29/07) o limite do uso sustentável de recursos naturais disponíveis para o ano de 2019. Esta data é chamada de Dia da Sobrecarga da Terra, e tem seu cálculo produzido anualmente pela Internacional Global Footprint Network (GFN).
A cada ano que passa, a população mundial, infelizmente, consome mais terras aráveis, áreas de pesca e florestas do que as disponíveis realmente. Não bastasse isso, produz muito mais CO2 do que os oceanos do mundo e as florestas podem de fato absorver. Portanto, o Dia da Sobrecarga acontece cada ano mais cedo. Em 2018, havia sido em 01/08, em 1971, ano inicial das contagens, foi em 21/12.
A GFN, com sede na Califórnia, esclarece que os custos desse consumo são cada vez mais visíveis, através do desmatamento incessantes, erosão dos solos, perda da biodiversidade ou do aumento do CO2 na atmosfera da terra. A GFN ainda afirma, “este último leva a eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes”.
O Dia da Exaustão de Reservas Naturais é o resultado de uma média global, visto que determinados países consomem seus recursos mais rápido que outros. A organização de proteção ambiental WWF informa que no Catar, por exemplo, o Dia da Sobrecarga foi atingido em 12/02. Cuba, Nicarágua, Iraque, Equador e indonésia, acontecerá em dezembro. Alemanha esgotou em 03/05 seus recursos disponíveis para 2019. Já o Brasil, será em 31/07.
Conforme as organizações ambientalistas, a população global consome hoje em dia o correspondente a 1,75 Terra, em termos puramente matemáticos. Se todos os humanos vivessem como os alemães, seriam necessários três planetas iguais ao nosso. Se todos tivessem os mesmos hábitos dos Americanos, precisaríamos de cinco Terras. Já no caso do Brasil, precisaríamos de 1,7 planeta para suprir nossas necessidades.
As insuficiências ecológicas anuais começaram na década de 1970, conforme o GFN, prejudicando a futura capacidade de renovação do planeta. Em 1993, o Dia da Sobrecarga da Terra caiu em 21/10. Em 2003, foi em 22/09.
Hoje em dia, as emissões de carbono da queimada de combustíveis fósseis somam 60% da pegada ecológica da humanidade. Imaginemos que o Dia da sobrecarga fosse adiado cinco dias por ano, até 2050, o consumo global poderia se igualar aos recursos disponíveis no planeta, pontua o GFN. Por exemplo, substituir 50% do consumo de carne por comida vegetariana mudaria o Dia da Sobrecarga em 15 dias ( 10 dias somente pela redução das emissões de metano pelo gado).
Objetivando ajudar a humanidade a diminuir o consumo para níveis sustentáveis, a GFN oferece uma calculadora de pegada ecológica nos idiomas hindi, inglês, chinês, francês, alemão, português, espanhol e italiano.
“Temos apenas uma Terra – este é o contexto final que define a existência humana”, diz o fundador da GFN, Mathis Wackernagel. “Não podemos usar 1,75 planeta sem consequências destrutivas. Em última análise, a atividade humana será equilibrada com os recursos ecológicos da Terra”, afirma Wackernagel. “A questão é se escolhemos chegar lá por acidente ou por projeto – a miséria de um planeta ou sua prosperidade.”
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