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Gates certa vez revelou que lê pelo menos um livro por semana, para ele nada se compara ao prazer de ler.
Bill Gates compartilhou com o público sua Lista Anual com cinco livros para ler até o final do ano, seu desejo é que estas literaturas possam tornar os dias dos leitores mais prazerosos durante a pandemia. “A maioria das minhas conversas e reuniões hoje em dia são sobre a Covid-19 e como podemos conter a maré da crise”, comentou Gates no seu site, “Gates Notes”. Juntamente com sua esposa, Melinda, destinaram US $ 300 milhões para buscar soluções no combate contra a Covid-19. “Mas também me perguntam frequentemente sobre o que estou lendo e assistindo. ”
Gates preza por uma vida mental saudável, para tanto, ele lê um livro por semana, e garante que nada supera o prazer de uma boa leitura. Dentre as literaturas que recentemente escolheu constam duas memórias: escrita por uma psicóloga que sobreviveu ao Holocauso de 92 anos, Edith Eva Eger, a outra foi escrita por Bob Iger, ex-CEO da Disney, uma reflexão sobre os vários anos que passou na gigante do entretenimento. Aos interessados em compreender melhor o tema de pandemias, Gates sugeriu o livro de Hohn M. Barry, de 2004, um historiador, que aborda a pandemia de gripe de 1918, que recentemente alcançou o lugar dos mais vendidos durante esta crise atual.
Veja abaixo as cinco recomendações de leitura que ele deixou:
“A Bailarina de Auschwitz” – Edith Eva Eger
A bailarina de Auschwitz é a história inspiradora e inesquecível de uma mulher que viveu os horrores da guerra e, décadas depois, encontrou no perdão a possibilidade de ajudar outras pessoas a se libertarem dos traumas do passado.
Edith Eger era uma bailarina de 16 anos quando o Exército alemão invadiu seu vilarejo na Hungria. Seus pais foram enviados à câmara de gás, mas ela e a irmã sobreviveram. Edith foi encontrada pelos soldados americanos em uma pilha de corpos dados como mortos.
“Se você está lutando com alguma coisa, essa luta é real –mesmo que você ache sua experiência trivial em comparação à de alguém que sobreviveu a Auschwitz ou cujo filho está sofrendo de uma doença terrível”, disse Gates. “Acho que isso é algo especialmente importante a ser lembrado agora, enquanto todo mundo tem experiências diferentes com o surto de Covid-19.”
“Atlas de Nuvens” – David Mitchell
Neste que é um dos romances mais importantes da atualidade, David Mitchell combina o gosto pela aventura, o amor pelo quebra-cabeça nabokoviano e o talento para a especulação filosófica e científica na linha de Umberto Eco, Haruki Murakami e Philip K. Dick. Conduzindo o leitor por seis histórias que se conectam no tempo e no espaço – do século XIX no Pacífico ao futuro pós-apocalíptico e tribal no Havaí -, Mitchell criou um jogo de bonecas russas que explora com maestria questões fundamentais de realidade e identidade.
“The Ride of a Lifetime”, por Bob Iger (“O Passeio de uma “Vida”, em tradução livre)
Robert Iger tornou-se CEO da The Walt Disney Company em 2005, durante um período difícil. A competição estava mais intensa do que nunca e a tecnologia estava mudando mais rapidamente do que em qualquer momento da história da empresa. Sua visão se resumia a três idéias claras: recomende o conceito de que a qualidade importa, adote a tecnologia em vez de combatê-la e pense maior – pense globalmente – e transforme a Disney em uma marca mais forte nos mercados internacionais.
Hoje, a Disney é a maior e mais admirada empresa de mídia do mundo, incluindo Pixar, Marvel, Lucasfilm e 21st Century Fox entre suas propriedades. Seu valor é quase cinco vezes maior do que quando Iger assumiu o cargo e ele é reconhecido como um dos CEOs mais inovadores e bem-sucedidos de nossa época.
No passeio de uma vida, Robert Iger compartilha as lições que aprendeu enquanto dirigia a Disney e liderava seus mais de 220.000 funcionários e explora os princípios necessários para a verdadeira liderança.
“A Grande Gripe” – John M. Barry
Em 1918, um novo vírus influenza, até então restrito às aves, passou a se manifestar também em humanos. Um ano mais tarde, o saldo era de cerca de 100 milhões de mortos naquela que ficaria conhecida na história como gripe espanhola, marcando o primeiro grande embate entre a ciência e uma pandemia. Em apenas dois anos o vírus matou mais pessoas do que a Aids em todo o mundo ao longo dos 24 anos desde a sua descoberta, e mais pessoas em um ano do que a peste bubônica ao longo de um século.
Em A grande gripe, John M. Barry conta a história do surto que começou em uma base militar no Kansas, Estados Unidos, chegou à Europa durante a Primeira Guerra Mundial levado pelas tropas americanas e de lá se espalhou para o restante do planeta. O pesquisador mostra ainda a corrida contra o tempo da comunidade científica norte-americana para combater a pandemia e como se deu uma das principais descobertas da medicina do século XX.
Obra de referência sobre a gripe espanhola, premiada pela Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos e best-seller internacional, o livro é também um relato sobre poder, política e guerra, com importantes lições para um mundo sob a constante ameaça do bioterrorismo e do surgimento de novas epidemias globais. Barry crê que, nesses casos, a principal arma é sempre a informação.
“Good Economics for Hard Times” – (Boa Economia para Tempos Difíceis)
Abhijit V. Banerjee e Esther Duflo
Neste livro revolucionário, os economistas premiados Abhijit V. Banerjee e Esther Duflo mostram como a economia, quando bem feita, pode nos ajudar a resolver os problemas sociais e políticos mais espinhosos de nossos dias. Da imigração à desigualdade, diminuindo o crescimento e acelerando as mudanças climáticas, temos os recursos para enfrentar os desafios que enfrentamos, mas muitas vezes somos cegos pela ideologia.
Original, provocativo e urgente, a Good Economics for Hard Times oferece o novo
pensamento de que precisamos. Ele se baseia em pesquisas de ponta em economia – e em anos de exploração das soluções mais eficazes para aliviar a pobreza extrema – para defender de forma convincente um intervencionismo inteligente e uma sociedade construída com compaixão e respeito.
Com informações: Forbes