Por: JCS
Mateus de Lima Costa Ribeiro tem apenas 19 anos e faltam poucos dias para conseguir um feito inédito: ser o aluno mais jovem a ingressar no mestrado em Direito da renomada Universidade de Harvard (EUA). Em breve ele mudará para os Estados Unidos, onde começará um novo ciclo de estudos para a sua carreira de advogado.
O jovem estudante brasiliense foi aprovado no vestibular de Direito da Universidade de Brasília quando nem tinha iniciado o Ensino Médio, com 14 anos. Aos 18 anos, foi aprovado na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) tornando-se então o mais jovem advogado do País. Logo após, foi o mais jovem advogado no mundo a fazer uma sustentação oral diante da Suprema corte, quando falou, em novembro de 2018, aos ministros ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não fiquei surpreso. As pessoas normalmente iniciam a faculdade quando estão mais velhas e eu já tinha concluído essa fase de estudos”. Ele conta que os amigos até fazem piada sobre o fato. “Hoje até me mandaram uma mensagem dizendo: você é bom nessa coisa de ser o mais novo, né?”, pontuou.
Ele conta, que a experiência de fazer uma defesa no STF foi muito importante, fato que facilitou, no caminho de Harvard. “Ninguém nasce com autoconfiança, é um processo em que você precisa ir provando para você mesmo”, afirmou. “Nunca aceitei muito bem o estado de inexperiência. Então, busquei aprender com advogados experientes, frequentar os círculos em que eles estavam”, afirmou Mateus. Ele contou ainda que nem sempre teve facilidade nos estudos. “Tive muita dificuldade no início da escola, mas melhorei depois que eu entendi que precisava estudar de um jeito mais eficiente, com melhores métodos.”
Ser aprovado em Harvard não foi nada fácil. Não passou nos testes de inglês, primeira fase para a admissão. Teve prazo de 15 dias para se preparar para a última prova do idioma, antes de findar o prazo de inscrição. “Esse foi um momento decisivo porque tomei um baque muito grande. Tinha certeza que ia passar e não consegui. Mas quando você tem autoconfiança, você não permite que uma reprovação te defina”, disse.
Com isto ele conclui que não é um gênio, “onde Inteligência é um dos fatores. Existem outros como capacidade de superação, saber estudar do jeito certo, saber como fazer uma prova, esse tipo de coisa”, afirmou.
“Acho que o que eu sei fazer é dar prioridade para o que é mais importante. Quando eu vi a oportunidade de ir para Harvard, eu foquei e não pensei mais em nada. Foco é o principal, não entrei na universidade cedo porque sou um gênio, mas porque eu tive foco nesse projeto”.
Família de Advogados
O Direito é uma tradição de profissão na família, onde seus pais e irmão são advogados. Um tio é desembargador. Naturalmente, devido ao ambiente, escolheu a carreira de advogado também. Tanto que: quando criança todas discussões com os irmãos eram formuladas como se estivessem em um tribunal. “Por participar das discussões, por ouvir meus pais falando sobre isso, naturalmente fui direcionado para essa área. E meu pai gostava de me levar para o tribunal, me explicar os julgamentos, então isso sempre fez parte da minha vida, mas me apaixonei pelo Direito um pouco por conta própria também”.
Com informações: Epoca Negócios