Por: JCS
Buscando melhorar de vida, família se mudou para Goiânia, depois de um ano não conseguiram trabalho. Colocaram todos os pertences em uma bicicleta com carretinha e estão fazendo viagem de quase 3,8 mil Km.
Casal juntamente com seus três filhos mudaram-se para Goiânia esperando encontrar melhores condições de vida, não conseguiram trabalho e decidiram retornar par Rorainópolis, Sul de Roraima. Eles não tinham dinheiro para comprar as passagens de ônibus, fizeram uma bicicleta adaptada com uma carretinha acoplada, colocaram tudo o que tinham dentro e iniciaram a viagem quase 3,8 mil km à pé e com a bicicleta adaptada.
Ananias Pereira da silva, 38 anos, é um homem do campo, vive da agricultura, ele informou que iniciaram o percurso de volta há dez dias. Nesse pouco tempo, já percorreram cerca de 250 km da GO-060, chegando a Iporá, Oeste de Goiás. Ananias afirmou que passou por chuvas e principalmente fome, contudo, não pensa em desistir da viagem.
“Não tem outro jeito, precisamos voltar pra casa. Aqui estamos passando fome, lá teremos familiares que vão poder nos ajudar. Já estamos há dez dias andando, sem parar”, disse o agricultor.
A história de Ananias é dramática, ele decidiu arriscar a sorte em Goiás após sofrer um acidente de trabalho em sua cidade, as pessoas conhecidas diziam que em Goiás sua qualidade de vida melhoraria. No final das contas, ele não conseguiu emprego, todo o dinheiro que tinha acabou. E para piorar a situação ele não tinha onde morar, tanto que ele e seus filhos, um menino de 12 anos e duas meninas de 10 e 7 anos, estavam vivendo pelas ruas de Goiânia.
“Eu vendi a propriedade que eu tinha por R$ 12 mil, chegamos em Goiânia e começamos a pagar aluguel, mas logo o dinheiro acabou. Sem emprego, fomos morar na Marginal Botafogo”, informou Ananias.
Quando chegaram em Iporá, na quarta feira (29), encontraram na zona rural a Dona de casa Neusa Pereira Rosa, que lhes ofereceu comida e um local para tomarem banho. Ela contou que o coração dela bateu forte quando viu as crianças andando na chuva, então decidiu ajuda-los.
“É muito triste ver eles desse jeito, as crianças com frio, com fome. Eu to fazendo o que eu posso, mas não consigo comprar as passagens”, informou dona Neuza.
Com informações: G1
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