Por: JCS
As cenas são chocantes e amedrontadoras, vídeos foram gravados por alguns moradores da Alameda Nothmann e na Rua Helvétia, Centro velho de São Paulo, em plena luz do dia nesta terça-feira (8).
Várias pessoas da região da “Cravolândia” fazem um arrastão onde agridem quem passar por perto deles, param os motoristas de carros com golpes de cadeira e o que tiverem em suas mãos e abrem seus carros roubando o que puderem! (Isto é um absurdo!).
O local chamado de “Cracolândia ” concentra há anos diversos usuários de drogas, os quais tanto consomem quanto vendem as drogas para quem quiserem.
As imagens são revoltantes pois demonstram o quanto a vida do Paulistano está difícil e insegura. Aparece um grupo de pessoas parando os carros e quebrando os vidros e em seguida saqueando os pertences dos motoristas que passavam pela esquina da Alameda Nothmann com as ruas Conselheiro Nébias e Guaianazes, além da Rua Helvétia.
Mais de seis veículos foram atacados, conforme as imagens. Os motoristas ficavam praticamente sem ação ao ver a proporção da revolta e temendo pela vida, não reagiam.
No momento do ato do arrastão havia um trânsito congestionado naquele trecho, dificultando qualquer resposta ou fuga por parte dos motoristas.
Conforme a Polícia Militar, o tumulto aconteceu por causa dos usuários de drogas da região Nova Luz, após uma ação de limpeza realizada pelos agentes da subprefeitura local e tinha o acompanhamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
A PM foi chamada para conter os assaltos e agressões aproximadamente às 15:30 h.
“Imediatamente foi acionado o plano de contingência e tropas da Força Tática, Baep, Cavalaria e do patrulhamento de área reforçaram o policiamento no local. Após a chegada da PM, a situação “foi controlada” e a ordem foi restabelecida”, informava a nota da corporação na terça-feira (8).
Conforme alguns moradores da região, as forças de segurança teriam usado bombas durante a ação na Cracolândia, informação esta que não foi confirmada pela polícia, parece que com o policiamento a situação voltou ao “normal” e, ninguém foi preso.
Conforme relatou um dos motoristas ali presentes. O grupo queria principalmente, aparelhos celulares e dinheiro, contudo, levavam o que estivesse dentro dos carros.
“O item que eles mais pediam era o celular. Me pediram o celular umas quatro, cinco vezes. Mas o celular foi o primeiro item que levaram. (…) então eles começaram a recolher o que eles viam.
Pegaram até uma bolsa térmica que só tinha águas e bebidas para o meu próprio consumo. Eles estavam desnorteados, pegando qualquer coisa que pudesse geral algum valor”, disse o motorista.
Ele disse que a princípio não tinha nada visível no carro, e imediatamente achou que não seria atacado. Em seguida foi pego de surpresa com pancadas na lateral do seu carro, que quebraram o primeiro vidro.
“Foi quando quebrou o primeiro vidro e esses vidros cortaram superficialmente meu braço do lado esquerdo”.
O motorista suou frio no momento e tentou manter a calma e garantir que os assaltantes não se sentissem ameaçados.
“Eu levantei as mãos para eles terem certeza de que eu não esboçaria nenhuma reação ou que eu dirigiria o carro para cima deles”.
Explicou ainda que não tentou avançar o carro contra eles para não os machucar.
“Eu tinha algumas pessoas penduradas no meu carro. Se eu ando ali, provavelmente eu machucaria no mínimo três (pessoas) e eu não sei se conseguiria conviver com isso.
O prejuízo já tinha acontecido, eu preferi ficar com o prejuízo que eu enxerguei do que sair andando, passar por cima de alguém e não saber o que aconteceu. Esse peso na consciência eu não quis assumir. ”