Por: JCS

Cora Coralina em 20 de agosto completaria 130 anos, mesmo tendo nos deixado ficou parte de sua alma nos poemas por ela escritos, uma mulher simples, doceira, mãe de família, esposa, escritora e poetisa.

Olhe que alma linda e encantadora que ela tinha ao descrever a si própria e sua terra Goiás, sua visão da vida era apaixonante.

Goiás, minha cidade…
Eu sou aquela amorosa
de tuas ruas estreitas,
curtas,
indecisas,
entrando,
saindo
uma das outras.
Eu sou aquela menina feia da ponte da Lapa.
Eu sou Aninha.
Eu sou aquela mulher
que ficou velha,
esquecida,
nos teus larguinhos e nos teus becos tristes,
contando estórias,

fazendo adivinhação.
Cantando teu passado.
Cantando teu futuro.
Eu vivo nas tuas igrejas
e sobrados
e telhados
e paredes.
Eu sou aquele teu velho muro
verde de avencas
onde se debruça
um antigo jasmineiro,
cheiroso
na ruinha pobre e suja.

(Poema minha cidade)






Revista de opinião e entretenimento, sobre temas relacionados ao equilíbrio entre mente corpo e espiritualidade.