Por: JCS
O jovem Gustavo Dias Azevedo, engenheiro e pesquisador da UFRJ, teve uma de suas postagens viralizadas nas redes sociais quando rejeitou uma proposta milionária por suas descobertas na tese de doutorado, pois ela favoreceria a vida de milhares de mulheres com custo muito baixo.
Em sua tese, o engenheiro químico demonstrou em seu trabalho a manipulação de micropartículas para eliminar tumores vascularizados, como o mioma ( são tumores sólidos benignos formados por tecido muscular e fibroso que se desenvolvem no útero). Os laboratórios farmacêuticos, quando descobriram o trabalho de Gustavo, cresceram os olhos, e foram à procura do jovem engenheiro, querendo uma “Parceria” e assim produzir em larga escala o novo tratamento e, deterem o mecanismo de combate.
Gustavo sonha com o bem da população, e assim recusou a proposta. “Ao aceitar a proposta, duas coisas aconteceriam: 1) O monopólio de produção das bolinhas seria exclusivo da empresa. Como ainda não há patente, eu não ganharia nada por isso; 2) Porque a empresa iria possuir o monopólio de produção, o preço seria definido exclusivamente por ela“, afirmou em seu Twitter.
O pesquisador ainda disse que: a produção das micropartículas seria de BAIXO CUSTO, e que a tecnologia deveria ser ESTENDIDA ao SUS (Sistema Único de Saúde). Gustavo afirmou ainda que com um baixo custo e investimento conseguiria realizar a embolização de TODO O NOSSO PAÍS.
O estudo também propõe uma outra proposta. Seria um grande facilitador para as mulheres, que, em casos de miomas, são sempre diagnosticadas à histerectomia (remoção do útero). Conforme Gustavo, a maior parte da comunidade médica – em especial os cirurgiões responsáveis pela histerectomia – recusariam o novo tratamento.
“No Brasil, a maioria das mulheres que desenvolvem miomas são negras e pobres e sequer tem um diagnóstico adequado. Ou seja, quem poderia pagar por essas bolinhas? As mesmas que podem pagar por um plano de saúde”, concluiu o engenheiro e professor de Química.
“Graças à universidade pública, eu pude pesquisar aquilo que fazia meu coração bater mais forte, colocando meus princípios em primeiro lugar. Hoje, meu sonho é que essas bolinhas cheguem ao SUS para que todas e todos tenham acesso a esse tratamento”.
Com informações: hypeness
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