Por: JCS
O Ministério da Saúde confirmou que comprará cerca de 54 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 CoronaVac, que é produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo.
As vacinas devem ser produzidas em abril, assim, somadas às 46 milhões que já faziam parte do pedido inicial, o Brasil terá à sua disposição um total de 100 milhões de doses.
Esta boa notícia foi confirmada por Elcio Franco, Secretário Executivo do Ministério da Saúde, na sexta-feira, (29), em vídeo postado nas redes sociais do Ministério.
“Estamos solicitando o cronograma à Fundação Butantan para podermos celebrar o contrato já na semana que vem. E também solicitando a antecipação do registro junto à Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para iniciarmos a vacinação em massa da população brasileira”, informou Franco.
“Nós estamos exercendo a nossa opção de contratação das 54 milhões adicionais da fundação Butantan de forma a totalizar 100 milhões de doses para imunização da população brasileira”, concluiu.
Acabou o Impasse
O governo federal resolveu acelerar o pedido destas doses após o diretor do Instituto Butantan dizer que, se o governo federal não se posicionasse sobre a compra, o instituto negociaria diretamente com os estados e municípios brasileiros interessado em fazerem a compra. Inclusive, o presidente do Instituto, Dimas Covas, deixou claro que parte da produção poderia ser exportada para países que já manifestaram a intenção de comprar.
“Essa é uma vacina mundial, não é só para o Brasil. É uma vacina para o mundo inteiro. Ela já está sendo usada em vários países, começa a ser usada ainda mais intensamente nesta semana no Chile, e então a demanda está muito aquecida e precisamos nos preparar”, afirmou.
O instituto Butantan já repassou ao governo federal 6 milhões de doses que vieram prontas da China e uma parte de 4,1 milhões que foram fabricadas no Brasil, as quais foram liberadas após um pedido de uso emergencial feito à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Para que o pedido adicional feito pelo governo seja produzido, aguarda-se a entrega das matérias primas vindas da China, que provavelmente devem chegar até 3 de fevereiro.
Com informações: Agência Brasil e G1
Imagens: Foto: Thomas Peter / Reuters