Motivação

O amor deles não estava nas vitrines

Por: Prof. Marcel Camargo

Ninguém sabia o quanto eles eram cúmplices, parceiros, fiéis um ao outro, respeitando-se com afeição mútua e sincera. Conheciam-se como ninguém e sabiam exatamente do que o outro precisava, pois se doavam com inteireza, enxergando-se com os olhos do parceiro. Ninguém podia imaginar, mas eles tinham certeza.

Ninguém sabia o quanto haviam batalhado um pelo outro, na esperança de que ficassem juntos, apesar de tudo, a despeito de todos. Desde o início, dispuseram-se a se despir de quaisquer amarras, tornando-se livres e libertos de entraves carregados de orgulho e de incompreensão. Despiam-se, além das roupas, fundo na alma. Ninguém podia imaginar, mas eles tinham certeza.

Ninguém sabia da capacidade de entrega a que se dispunham, o quanto lutavam para entender, compreender e aceitar o outro, naquilo que ele tinha de bom e de ruim, pois visavam ao encontro do fim de noite, em que a escuridão abafa as falhas e eleva o contato, a aproximação, a fusão mágica das almas em comunhão. Ninguém podia imaginar, mas eles tinham certeza.

Ninguém sabia que choravam, decepcionavam-se, amargavam a dor da quebra de expectativas, do afogamento das promessas, do silêncio que dilacera. Desciam juntos ao fundo do poço, para então recobrar os sentidos e reforçarem a intensidade da imensidão a que se alargava sua paixão, como que se necessário sorverem as delícias da bonança que ressuscitava o amor em meio à tempestade que se ia. Ninguém podia imaginar, mas eles tinham certeza.

Ninguém sabia que eles também tinham medo de se perderem um do outro, de que a dureza fria da rotina diária imprimisse o afastamento entre suas vidas. Mas lutavam, eram verdadeiros guerreiros, quando se tratava de resguardar a pureza do amor transbordante de que se alimentavam. Sempre voltavam um para o outro. Viciaram-se um no outro, da pior e da melhor forma possível. Ninguém podia imaginar, mas eles tinham certeza.

Ninguém podia imaginar, porque eles não se preocupavam com o que os outros pensavam, tampouco inundavam as redes sociais com fotos ou declarações, preocupados que estavam um com o outro, ocupados que estavam em serem par, serem seus, serem o que vinha de dentro de seus corações, serem um do outro. Ninguém imaginaria, mas nem precisava, pois eles tinham certeza.

Sensível Mente

Revista de opinião e entretenimento, sobre temas relacionados ao equilíbrio entre mente corpo e espiritualidade.

Recent Posts

“Como encarar o fim de um bom relacionamento?” por Monja Coen

Monja Coen Roshi é uma monja zen budista brasileira e missionária oficial da tradição Soto…

1 semana ago

Netflix: Série coreana ideal para curar um coração partido

Fonte: Adorocinema Entre todas as ofertas de séries coreanas no catálogo da Netflix, há de…

2 semanas ago

Por que os relacionamentos esfriam?

Os relacionamentos, ao longo do tempo, podem passar por momentos de distanciamento e perda de…

2 meses ago

07 filmes e séries em alta para ver no fim de semana – Netflix

E aí, pessoal! Tudo bem com vocês? Espero que sim, porque hoje eu tenho uma…

1 ano ago

Ratinho brinca com a mãe de 82 anos: “A senhora vai me quebrar”

Foto:instagram O apresentador Ratinho mostrou um pouco da sua intimidade com seus fãs do Instagram…

1 ano ago

Confeiteira viraliza ao se negar a fazer bolo de graça em Anápolis/GO.

CLIENTE NEM SEMPRE TEM A RAZÃO !  Dayane Silva, uma confeiteira de 29 anos, foi…

1 ano ago