Por: JCS
A ONG Ocean Voyages Institute, fez uma missão no oceano pacífico que durou 48 dias e conseguiu o feito de retirar mais de 100 toneladas de lixo marinho do Pacífico.
Mesmo em meio à essa triste pandemia a missão alcançou sucesso e bateu um novo recorde.
Esta ONG tem sede em Sausalkito, Califórnia, e para cumprir a missão realizada teve que fretar o cargueiro à vela Kwai para dar início à expedição que começou em meados de maio.
Ao todo, as tripulações participantes do projeto, descarregaram 103 toneladas de lixo marinho, inclusive houve divulgações oficiais que indicam que este foi um novo recorde de coleta, tanto das profundezas do mar quando da superfície do Pacífico, bem próximo do Havaí.
Novo recorde alcançado
Conforme os organizadores da expedição, este total retirado do mar, foi bem mais que o dobro do que conseguiram no verão passado, onde retiraram apenas 42 toneladas de detritos e entulhos no mar em 25 dias de trabalho.
“Estou muito orgulhosa de nossa equipe”, afirmou com orgulho, Mary Crowley, diretora executiva.
“Superamos nossa meta de capturar 100 toneladas de plásticos de consumo tóxicos e redes “fantasmas” abandonadas e, nestes tempos desafiadores, continuamos ajudando a restaurar a saúde do nosso oceano, o que influencia nossa própria saúde e a saúde do planeta”.
Na expedição de 2019, eles contaram com novas tecnologias, assim, o instituto colocou faróis de satélite habilitados para GPS, drones e outras tecnologias para poderem rastrear os diversos detritos depositados no oceano, ao final, constataram que os os ajudaram a localizar e a retirar muito mais detritos, ou seja: a coleta foi certeira e eficaz.
Os faróis eram colocados em redes que eram puxadas por iates e outras embarcações comerciais, assim, conforme a teoria de Crowley que diz que um rastreador leva a outras redes.
E a pandemia?
“Tivemos muito cuidado em manter a tripulação em quarentena e testar todos os novos membros da tripulação que viessem a bordo, porque queríamos ter certeza de que a expedição era segura do ponto de vista da saúde”.
“Os oceanos não podem esperar que essas redes e detritos se decomponham em microplásticos que prejudicam a capacidade do oceano de armazenar carbono e toxificar a frágil teia alimentar do oceano”.
Os detritos são reaproveitados?
Os detritos coletados, como: milhares de cordas, redes de pesca, plásticos descartáveis, serão encaminhados à Costa Oeste, onde serão tratados e transformados em vários produtos reciclados, entre eles combustíveis e material para isolamento em edifícios.
A ONG tem colaborado por vários anos com a Escola de Tecnologia da Ciência do Oceano e da Terra da Universidade do Havaí, que vai estudar os processos físicos e biológicos que dominam o ecossistema baseados no lixo.
Este tipo de ação tem chamado a atenção de vários países e sido um modelo bem-sucedido, tanto que Crowley já está arrecadando novos fundos para uma nova expedição de limpeza, assim, também espera montar outras expedições de limpeza em vários países também.
Com informações:Brigthvibes