Por: JCS
Hoje as redes sociais estão borbulhando com vários posts e vídeos que mostram parcialmente o caso de uma brutal agressão que finalizou com a morte do agredido, ontem 19 de novembro de 2020. O agredido foi, João Alberto Silveira Freitas, negro de 40 anos que estava sendo brutalmente retirado do hipermercado Carrefour de Porto Alegre, ele foi espancado por dois seguranças até perder sua vida, enquanto isto uma mulher vestida de branco ao lado dos seguranças apenas filmava o “evento”. Esta vergonha nacional que aconteceu com um negro, acontece um dia antes do dia da “Consciência Negra”, um dos objetivos desta data é promover uma reflexão sobre o racismo e as injustiças raciais.
Não é o objetivo deste texto questionar o que o homem fez dentro do Hipermercado que fez com que os seguranças o levassem para fora (saiba o que aconteceu na matéria do G1), parece que tudo começou quando ele disse uma palavra para uma funcionária fiscal, que descontente, chamou a segurança. Nosso questionamento é: O que justifica duas pessoas espancarem uma outra até a morte? Enquanto outra apenas filma o caso. Não seria a missão dos seguranças restabelecer a paz ali no ambiente? Eles poderiam e deveriam apenas imobilizar o sujeito que ”ameaçou” a paz local e não utilizarem a força desproporcional que espancou o indivíduo levando-o ao óbito ali no local.
Um de nossos focos com esta matéria é questionar a forma passiva, que virou costume de muitas pessoas no Brasil, em presenciar situações de violência e agressão e, simplesmente não fazerem nada, não se envolver, e muito menos impedir. O que vimos ontem, foi uma mulher em torno do “ato de covardia” e filmando apenas. A pessoa foi passiva ao ponto de ver o outro sendo agredido e não impediu que o pior acontecesse, ela foi apenas uma espectadora do horror.
O que nos traz muita preocupação é esta tendência que as pessoas estão tendo diante do perigo de vida de seu semelhante serem apenas um: observador, espectador, repórter, filmador, cineasta ( que apenas observa e não presta nenhum tipo de socorro). Elas presenciam o perigo de morte, a violência, e mesmo podendo ajudar e até impedir o pior, preferem ficar assistindo e em boas partes dos casos, filmam nos celulares a desgraça do outro, postam nas redes sociais e, não são capazes de INTERROMPER O SOFRIMENTO.
Assista o vídeo clicando aqui: