Por: JCS
Há uma razão bem interessante para os livros terem aquele aroma tão agradável que encanta leitores de todo o mundo: o cheiro de livro.
Bill Gates, um leitor assíduo, chega a ler um livro por semana e afirma que a leitura é um prazer, ele faz questão de folhear o livro físico e passar horas lendo. Muito embora a leitura digital seja uma forte realidade nos dias de hoje, quem realmente gosta de ler não abre mão de dedicar horas para uma boa e cheirosa leitura, afinal, a leitura é uma atividade cerebral, porém, outros sentidos além da visão, também fazem parte deste belo ritual cultural, entre eles o olfato e o tato.
Para a pessoa que é apaixonada pela leitura, ler envolve também o prazer tátil de pegar o livro, sentir a textura da capa, folhas e, junto com o conhecimento, o perfume das páginas é um fator importantíssimo onde cada livro fornece uma fragrância diferente e marcante, portanto, o amante da literatura também leva em conta o cheiro característico de cada livro.
Este cheiro marcante tem uma explicação: todos os aromas, assim como o cheiro dos livros também podem ser identificados inclusive por seus componentes químicos utilizados na fabricação, assim, Andy Brunning, cientista inglês, montou um estudo em seu blog sobre os processos e diversos componentes que contribuem e que resultam neste cheiro característico.
De acordo com o químico, o cheiro do livro novo é difícil de localizar um único motivo, aliás, é uma combinação de vários compostos químicos bem específicos envolvidos na fabricação, dos papeis, do papelão da capa e principalmente da tinta, portanto, o bom cheiro vem de uma combinação química envolvida em todo o livro.
Brunning diz que, a maior parte do cheiro do livro novo deve ser atribuída a três fatores distintos: o próprio papel (e os produtos químicos envolvidos na fabricação), as tintas usadas na impressão do texto e a cola usada na encadernação dos livros em si.
Conforme afirma o site: “Na prática, se a celulose e a lignina contidas no papel se desgastarem ao longo do tempo com o resultado do amarelecimento do papel e da liberação de compostos orgânicos, o cheiro típico de livros antigos surge dessa reação. Segundo Brunning, os componentes desse aroma são baunilha, benzaldeído (quase um perfume de amêndoa), odores doces produzidos pelo etilbenzeno e etilhexanol, provenientes do cheiro de flores. É isso mesmo, senhores, uma boa mistura de produtos químicos! Os livros publicados hoje, no entanto, são produzidos com um papel de melhor qualidade do que no passado. E isso, se por um lado, leva a menos degradação das páginas, por outro, também leva a menos capacidade de liberar um cheiro específico. ”
Depois desta explanação até dá uma vontade de pegar alguns livros bons e cheirá-los, não é verdade? Que tal você se dar um presente de ir a uma livraria, daquelas que você pode pegar um livro novo, sentar-se em uma poltrona e ler à vontade, ou até ir a uma biblioteca. Relaxa, isso não é loucura, é amor, é paixão por tudo o que envolve uma boa leitura.
Com informações: greenme
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